quinta-feira, 7 de abril de 2016

Ansiedade

Dependendo do dia
Eu não consigo
Controlar os meus anseios,
Eu preciso, inconscientemente
De alguém
Que acalme a minha pressa,
Que segure essa vontade
Que eu tenho
De sair correndo
De mim mesma
E do desconhecido,
E sinto
Como se fosse uma prisão
Esse corpo que habito.
Quando me sinto assim,
Acelerada,
Quando meus pensamentos
São mais rápidos que os segundos
E os milésimos,
Quando nem eu mesma
Consigo acalmar
A minha mente
Em colapso,
Eu me sinto
Descendo um eterno morro
Por muitos quilômetros por hora.
O frio eterno na barriga
Que fica pra me lembrar,
Pra me preocupar
Com tudo que ainda há por vir,
Mesmo que esteja longe
É assim que me sinto,
Fugindo de um furacão
Sempre que abro os olhos.

Helena Vicente

2 comentários:

  1. Reli esse poema não sei quantas vezes já, esse sentimento...
    Realmente admiro a forma como você consegue escrever um poema forte! Esse poema começou longe, lá longe, e conforme foi chegando ao fim, foi ficando mais perto, mais forte, tal qual um furacão. Muito bom mesmo! (vou pensar em uma palavra melhor que parabéns, pois esta já está ficando gasta)

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