domingo, 17 de maio de 2015

Não sei bem o que é, alívio ou rancor.

Quando me deparei no breu da noite,
procurei teu rosto em meio a tantos outros.
Quando não te encontrei,
Me desesperei.
Quis gritar.
Quis morrer.
Perguntei a Deus onde você tinha ido parar,
ele não respondeu
e eu fiquei a esperar.
Quando te vi, não pude conter o sorriso da angústia dando adeus,
mas quando encontrei a indiferença,
notei que eu, eu mesma
não mudava nada.
Minha presença pra você era dispensável.
E eu, tola, vaguei solta e vazia a noite toda.
A sua espera.
Pude aguardar porque em mim só existia sonhos,
mas o teu olhar era de adeus.
Percebi que o amor é uma farça,
e que a tristeza vicia.

Helena Vicente