Em silêncio eu te observo,
Eu te escuto,
E te interpreto,
E quase estremeço nesse deserto
De não poder falar o que sinto.
Em silêncio te escolho,
Te amparo,
E quase suplico
Por um pouco mais de sentimento.
Em silêncio rio das tuas dúvidas,
Imagino as tuas memórias,
E repreendo os teus medos,
Mas aqui, ainda em silêncio,
Eu lamento
Por tudo que nós podíamos ter sido,
Se não fosse o silêncio
Que tivesse nos corrompido.
Helena Vicente