A
hora não passa
a
agonia ultrapassa
todas
as vontades vãs de permanecer
em
equilíbrio
nem
tudo é tão tranquilo
viver
é tentar se posicionar no meio
da
gangorra,
sem
deixar que ela penda pro lado
errado,
(todos
os lados são errados)
cuidando
sempre para não cair
– em
colapso
para
não dançar num desabafo,
tomando
um passo de contar
a
quem não quer ouvir,
no
fim não tem para onde ir.
Sempre
será nós,
por
nós mesmos,
na
mesma gangorra
(de
desespero)
buscando
equilíbrio num espaço
que
varia com o tempo,
nada
é constante,
e
não obstante
eu
já caí daqui algumas vezes. Helena Vicente