segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Inferno particular

Ninguém precisa frequentar
O meu inferno particular.
Carrego comigo os meus monstros
Para todo lugar que eu vá,
Eles me assombram,
Me fazem surtar.
Por vezes me controlam
E me fazem perder o controle de mim,
Eles tentam assombrar as pessoas a minha volta
E eu sempre tento impedi-los,
Só eu sei o quanto é ruim
O efeito que eles causam,
Mas não consigo conte-los sempre
E eles acabam sugando terceiros
E me deixando pior ainda.
Eles são fortes demais
E ganham força quando me sinto vulnerável,
Ninguém sabe o quanto me esforço
Pra conviver dentro de mim,
Mas como já falei, enfim
Ninguém precisa frequentar
O meu inferno particular.

Helena Vicente

Um comentário:

  1. "Ninguém sabe o quanto me esforço
    Pra conviver dentro de mim,
    Mas como já falei, enfim
    Ninguém precisa frequentar
    O meu inferno particular."

    Me identifiquei muito com esse trecho. Isso é tão complicado, se esforçar tanto em silêncio, sem nenhuma testemunha do nosso esforço. Ter a consciência de que nossos são demônios são problema nosso, sendo que o comum é ver as pessoas serem prejudicadas por problemas que, na maioria da vezes nem são seus, são culpa do egoismo e inconsequência de outros. Essa consciência, ao menos para mim, trás uma sensação de solidão. Mas enfim, gostei bastante do poema. Parabéns, tudo de bom.

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