quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Dona do tempo

Eu sou dona da minha própria métrica
Da minha própria poesia
E do jeito de decidir as coisas como penso ser melhor
Eu sou dona dos meus passos,
Dona do meu cansaço
Coisa que prefiro não compartilhar com ninguém.
Ninguém nasceu pra viver de atraso,
Ainda mais quando já tem o próprio relógio bem adiantado.
Eu só faço continuar a pé,
Enquanto tu permaneces no barco
Eu torço para nenhuma onda te acertar.
Seguindo caminhando, buscando distração
O vento bate no meu rosto
E eu observo o quanto é bom estar em paz.
Dentro de mim há muito mais
Do que qualquer conceito mal elaborado
Sobre liberdade.
Não posso explicar porque não tenho tempo
E nem medo.
Eu não quero lhe assustar.

Helena Vicente

Um comentário:

  1. "Eita!" Primeira palavra que me veio na cabeça quando terminei de ler. Poema forte, firme! Adorei! Muito bom, parabéns!!

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