quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Nem tudo que ilumina salva

Vou deixar as luzes do meu quarto
Bem acesas
Que é pr'eu ver com clareza
O teu partir.

Vou deixar as luzes do meu quarto
Bem acesas
Que é pr'eu ver com clareza
As tuas feições ao fingir.

Há várias formas de bater a porta.
Você reproduziu todas elas
Na minha cara.

E quando tu te levantas
Eu já tenho me cansado de sentir,
Eu já tenho me cansado de pedir,
Eu só te analiso e digo adeus.

O adeus não é pra sempre,
Tu voltas a bater em minha porta,
Mas pedindo pra entrar,
Porque tu te sentes bem
debaixo das luzes do meu quarto.

Eu abro as portas pra ti,
Tudo que eu faço é te aceitar,
E eu já nem ouso perguntar
O que aconteceu dessa vez.

Eu já nem ouso pensar
No que vai acontecer
Se eu fechar a porta
E desligar as luzes do meu quarto.

Helena Vicente

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