terça-feira, 7 de junho de 2016

Pulsões

É mais morte do que vida
As pulsões que te conduzem
É o amor que te atrapalha
A conduzir tua própria mente
É a mentira que te circunda
Que não dá espaço para a liberdade
É a liberdade
Que tanto do espaço tu absorveu
É na absorção de todos os problemas
Que de fato, te assolam
São as palavras que nunca foram ditas
Pelo medo do inevitável
É o inevitável que te cansa
Te cansa evitar o que não pode
Te incomoda demonstrar tua exaustão
Te surpreende a indiferença nítida
E te lança amargura todos os olhares em volta
Assuma tua dor
E fuja para qualquer lugar
Que te proporcione paz ao respirar
Que não te cobre fingimento
Que não te cubra de solidão.


Helena Vicente

Um comentário:

  1. Os sentimento que idealizamos, a fraternidade que queríamos que fosse real e abundante. São tantas coisas que nem são tantas assim, mas fazem tanta falta. Tanto que a única forma aparente de diminuir a solidão é aprender a desfrutar da própria presença.

    Ótimo poema, parabéns!

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