domingo, 3 de novembro de 2013

aquelas mesmas palavras

Tão vulgar e sozinha
não queria estar ali...
sei.
Ela fazia poemas em guardanapos
e os perdia antes de chegar em casa.
Tão vulgar ela era
que perdeu o seu sorriso
que cativava.
Hoje ela só é o que restou
das noites infinitas.
Mas porque ela ainda vive lá?
Não quer correr
porque vai tropeçar
e se machucar tão mais...
sei.
Ela só tem medo.
Ela é tão vulgar
que não respeita as estradas.
Bebe e vomita
no pé da calçada
e não se preocupa dos risos altos.
Ela é tão vulgar.
                                                                                Helena Vicente

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