quarta-feira, 22 de abril de 2020

Buscando sentido interno

É claro que eu não poderia
simplesmente seguir essa linha
como se não houvesse construído
realidades maiores.
Tento lidar com isso,
com as cenas quase alucinógenas,
com as experiências fantasmagóricas,
como se tudo realmente pudesse acontecer
sem ferir,
sem doer,
mas o que vem depois quase nunca compensa,
é quase como uma febre intensa
querer o que não podemos conseguir,
interagir com o que não nos pode responder.
É objeto de estudo essa coragem,
essa ilusão em que nos deixamos levar
só pra ver o que acontece
fingindo não ter medo do que vem depois,
só fingindo, porque pensar nisso quase assusta
ficar sem rumo arrepia
e não é bom o sentimento do não saber.
Eu só quero me reconhecer
sem precisar de estímulos externos,
eu quero me ouvir e encontrar minha essência
de novo
sem precisar buscar respostas nos outros.

Helena Vicente



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