que tanto se aproxima de mim,
eu não posso ignorar o Outro
que tem tantos desejos afins,
não posso expulsar o Outro
que tem direitos como a mim,
não posso dominar o Outro,
se ele pertence a ele mesmo, enfim.
O Outro não pode controlar a mim,
se eu sou dona de tudo que possuo,
o Outro não pode me diminuir,
se nós acabamos sendo iguais, por fim.
O Outro não é o Outro
antes de ser igual a mim.
Eu não sou apenas eu,
se vivo no meio de tantos Outros.
O Outro se camufla em mim,
e torna-se ''nós'',
o Outro sou eu precisando de paz,
o Outro sou eu precisando de segurança,
Eu sou o Outro
e nós precisamos de igualdade,
Eu sou o Outro
e nós precisamos de esperança.
Helena Vicente
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