Passo por acaso,
não reparo no teu passo.
Já desconheço os teus atrasos,
já não me faz bem a solidão.
Sigo uma linha reta,
infinita, deserta.
De olhos fechados, mas esperta.
Já não me faz bem a imensidão.
Já me cansei desse tédio,
e não há nenhum remédio
que me faça morrer de rir.
Já não me faz bem te ver partir.
E me entristece de verdade
ver que toda essa cumplicidade,
sumiu por toda a eternidade.
Já não me faz bem a ingratidão.
Helena Vicente
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