Eu tenho uma urgência de solidão
Uma vontade imensa de silêncio
De silêncio que consiga aplacar os meus vazios
Que permita eu ouvir o que pulsa aqui dentro
Uma vontade imensa de silêncio
De silêncio que consiga aplacar os meus vazios
Que permita eu ouvir o que pulsa aqui dentro
Eu tenho uma urgência de solidão
E isso nem sempre é justo
E nem sempre eu sou justa comigo
Facilmente eu abro mão
E isso nem sempre é justo
E nem sempre eu sou justa comigo
Facilmente eu abro mão
Eu tenho uma urgência de solidão
Uma necessidade emergente de pausar
Não ouvir, não escutar e nem falar
Não performar, não pensar, nem escrever
Eu tenho uma urgência de solidão
De poder fazer por mim o que vivo fazendo pelo outro
Na solidão eu não preciso
Abrir mão de mim de novo
De poder fazer por mim o que vivo fazendo pelo outro
Na solidão eu não preciso
Abrir mão de mim de novo
A solidão só assusta
Quem tem medo de ficar sozinho
Com os próprios pensamentos
Mas dessa fase eu já passei
A minha urgência de solidão
É poder desfrutar de um tempo
Em que eu não preciso provar
Nada pra ninguém
Nada pra ninguém
Helena Vicente