segunda-feira, 25 de junho de 2018

Nos nós


Deus que observa o meu tormento:
retornando sempre nos mesmos abismos
só para dar uma olhada
e um nó na garganta
e nos cabelos
de tanto vento que passa
nessa parte
do meu mapa.
Sentimentos tantos
que divagam em mim.
Sem rumo concreto,
sigo formando uma estrada
que me leve a algum lugar
bem longe daqui.
Não que seja ruim,
mas já chegou a hora de seguir,
de cobrir os buracos,
seguir sem obstáculos
que por um segundo possam
me dizer para não ir.


Helena Vicente


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