sábado, 2 de junho de 2018

Marcas

Marcas
Marcas profundas e indiscretas
Que não cicatrizam
Por sempre buscar em uma fonte seca
Uma fonte que não nutre
E só causa ansiedade
Em um rio onde a correnteza me afasta
E muito me cansa tentar correr atrás
Marcas profundas e indiscretas
Que não precisa muito para enxergá-las
É só perguntar sobre o que dói
E dói muito
E também cansa essa busca interminável
Por uma magia que faça tudo melhorar
Por um tipo de habilidade que jamais nasceu
A habilidade de ser continente
E não fronteira
A habilidade que nasce junto com uma nova vida
Uma habilidade que é inata e nunca morre
Ou pelo menos deveria ser assim

Helena Vicente

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